Comitê de Preservação da Memória Corinthiana
Invasão no Maracanã
PRELÚDIO DE UM CAMPEÃO 1976.

O Corinthians vivia a sombra do jejum de títulos que durava 21 anos até então. O clube passava por dificuldades financeiras e a e spe r a n ç a recaiu na conquista do Campeonato Brasileiro. Naquele ano, a organização sofreu forte influência do regime militar, que exigiu o acréscimo de dez times no torneio, que contou com 54 equipes, divididas em seis chaves. O campeão seria conhecido pelo número de pontos ganhos, dois a cada vitória simples e três para vitórias com diferença maior ou igual a três gols. A segunda fase classificou os quatro primeiros colocados de cada chave,deixando os demais na repescagem. Para a fase seguinte, apenas os três primeiros classificados continuavam na disputa, que contava com duas chaves com nove clubes cada. Em um turno único sairiam os campeões e os vices de cada chave, jogando a semi-final realizada em duas partidas. A final seria disputada num único jogo entre as duas melhores equipes do torneio.

O Corinthians logo despontou como favorito. Mas foi somente no jogo pela semi-final, contra o Fluminense que se viu a força da torcida alvinegra. Ao todo, 70 mil corinthianos tomaram o estádio do Maracanã num jogo emocionante que terminou com a consagração do time do Parque São Jorge. O Corinthians estava na final e a um passo de encerrar o jejum de títulos. Com uma campanha melhor, o Internacional de Porto Alegre levou a disputa para os gramados gaúchos. Embora os fiéis torcedores tenham seguido o time na emoção de gritar ‘campeão’, carregados de patuás e com as bênçãos de São Jorge, toda a proteção divina não foi suficiente. O Corinthians permaneceu na fila. Era o prelúdio de um campeão.