Comitê de Preservação da Memória Corinthiana
Presidente do CPMC

Depoimento sobre o Campeonato Paulista de 1977
Ernesto Teixeira


É com imenso orgulho que escrevo estas linhas sobre uma das mais belas páginas do futebol mundial. Eu, nascido paulistano, corinthiano, em 1º de setembro de 1964, tenho como crença, religião e muitas vezes até a própria razão de viver, o “corinthianismo”. E para isso, não tenho palavras capazes de descrever. Sei apenas que é um sentimento compartilhado por milhões de pessoas, de todas as classes sociais.

O Campeonato Paulista de 1977, sem dúvida, foi o maior de todos os tempos. Além da particularidade de ter o Corinthians há 22 anos sem conquistar um título de grande expressão, outros clubes e diversos craques se fizeram presentes. Não vou lembrar as estatísticas que já estão completamente espalhadas nos depoimentos de tantos privilegiados. Prefiro destacar a diferença deste time, deste título que ainda se mantém vivo na memória daqueles que o presenciaram e por que não, renasce a cada dia 13 de outubro nos corações dos torcedores, mesmo dos que ainda nem tinham nascido.

Assim, deixo aqui o registro desse movimento que criamos em 2002, o Comitê de Preservação da Memória Corinthiana (CPMC), que exatamente em 13 de outubro, graças ao apoio de abnegados, trouxe para o campo as equipes que decidiram o Paulista em 77. Claro que houve um esforço hercúleo para que o intento fosse alcançado. Pesquisas, contatos, reuniões, viagens...

Convencemos os representantes da Ponte Preta que a festa não seria apenas para comemorar a redenção corinthiana, mas também uma justa homenagem àquela equipe que deu muitas alegrias aos pontepretanos e amantes do futebol. Dessa forma, tudo saiu a contento, e na véspera do jogo histórico, no Salão Nobre do Corinthians, aconteceu a Sessão Solene da Câmara Municipal de São Paulo, que reuniu jogadores, dirigentes e torcedores, com direito a execução dos hinos dos clubes pela Guarda Municipal Metropolitana. Neste dia também entregamos a cada um dos participantes de 77, a Comenda Vicente Matheus, instituída pelo CPMC, com autorização da incansável Marlene Matheus.

Mas um dos fatos marcantes dessa comemoração foi justamente o espírito corinthiano que prevaleceu durante todo o tempo da sua organização até o apito final de Emídio Marques de Mesquita: a imparcialidade do CPMC. Por isso testemunhamos lado a lado, pela importância deste evento, rivais antigos em uníssono cantarem o hino e aplaudiram de pé os heróis desta conquista inesquecível!



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